O PÃO NOSSO DE CADA DIA

Disseram eles: "Que homem é este...?" (Mt 8.27b). Essa pergunta ainda hoje é feita por muitos dos que estão no barco com ELE. É a geração que não conheceu o SENHOR e diz "que homem é este?". E você, sabe que homem é este? Mas sabe por teoria ou na vida?

Quem sou eu

Minha foto
Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brazil
Sou prisioneiro de Cristo, segundo seu chamado, e conservo dos meus irmãos, segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade.

O Prisioneiro vos saúda

"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós."

Movimento pela Regeneração da Igreja na História

Regeneração de nós mesmos!

Profetas Palhaços: Falando Sério sobre gente brincalhona

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hermenêutica Esquizofrênica I



Mugidos de vacas mais sábias que pregadores



Sedes, pois, imitadores das vacas...


No Reino Tão-tão Distante, lá na Terra do Nunca, no  Fantástico Mundo de Bob há uma cidade. Essa cidade é longe daqui e  tem igrejas que parecem com as igrejas daqui, e tem pregadores que parecem com os pregadores daqui, e tem cultos que parecem com os cultos daqui.

Lá, os templos, em praticamente todos os cultos, andam bastante vazios...

Lá, os cultos doutrinários são frequentados por alguns fiéis...

Lá, parece que o pessoal não gosta muito desse tipo de culto... 

Então, me deixa contar o que aconteceu LÁ num culto que apenas parece com o culto daqui. 

Vou tentar ser muito breve, mas sem perder a essência do que foi ensinado por LÁ.

O irmão de LÁ, que parece com um irmão daqui, utilizou o texto de 1Sm 6.10-14 para ministrar a Palavra Doutrinária. 

Lá, usam Bíblias que parecem com as Bíblias daqui. Sendo assim, abaixo segue descrito todo o capítulo 6, leia com atenção, principalmente os versículos usados como base para a Palavra Doutrinária. 

Se possível leia o contexto para lhe dar melhor compreensão. 

I SAMUEL 6 - OS FILISTEUS ENVIAM A ARCA PARA FORA DA SUA TERRA 

1 HAVENDO, pois, estado a arca do SENHOR na terra dos filisteus sete meses,
2 Os filisteus chamaram os sacerdotes e os adivinhadores, dizendo: Que faremos nós com a arca do SENHOR? Fazei-nos saber como a tornaremos a enviar ao seu lugar.
3 Os quais disseram: Se enviardes a arca do Deus de Israel, não a envieis vazia, porém sem falta enviareis uma oferta para a expiação da culpa; então sereis curados, e se vos fará saber porque a sua mão não se retira de vós.
4 Então disseram: Qual é a expiação da culpa que lhe havemos de enviar? E disseram: Segundo o número dos príncipes dos filisteus, cinco hemorróidas de ouro e cinco ratos de ouro; porquanto a praga é uma mesma sobre todos vós e sobre todos os vossos príncipes.
5 Fazei, pois, umas imagens das vossas hemorróidas e dos vossos ratos, que andam destruindo a terra, e dai glória ao Deus de Israel; porventura aliviará a sua mão de cima de vós, e de cima do vosso deus, e de cima da vossa terra.
6 Por que, pois, endureceríeis o vosso coração, como os egípcios e Faraó endureceram os seus corações? Porventura depois de os haver tratado tão mal, os não deixaram ir, e eles não se foram?
7 Agora, pois, tomai e fazei-vos um carro novo, e tomai duas vacas com crias, sobre as quais não tenha subido o jugo, e atai as vacas ao carro, e tirai delas os seus bezerros e levai-os para casa.
8 Então tomai a arca do SENHOR, e ponde-a sobre o carro, e colocai, num cofre, ao seu lado, as figuras de ouro que lhe haveis de oferecer em expiação da culpa, e assim a enviareis, para que se vá.
9 Vede então: Se ela subir pelo caminho do seu termo a Bete-Semes, foi ele quem nos fez este grande mal; e, se não, saberemos que não nos tocou a sua mão, e que isto nos sucedeu por acaso. 

10 E assim fizeram aqueles homens, e tomaram duas vacas que criavam, e as ataram ao carro; e os seus bezerros encerraram em casa.
11 E puseram a arca do SENHOR sobre o carro, como também o cofre com os ratos de ouro e com as imagens das suas hemorróidas.
12 Então as vacas se encaminharam diretamente pelo caminho de Bete-Semes, e seguiam um mesmo caminho, andando e berrando, sem se desviarem, nem para a direita nem para a esquerda; e os príncipes dos filisteus foram atrás delas, até ao termo de Bete-Semes.
13 E andavam os de Bete-Semes fazendo a sega do trigo no vale, e, levantando os seus olhos, viram a arca, e, vendo-a, se alegraram.
14 E o carro veio ao campo de Josué, o bete-semita, e parou ali onde havia uma grande pedra. E fenderam a madeira do carro, e ofereceram as vacas ao SENHOR em holocausto. 

15 E os levitas desceram a arca do SENHOR, como também o cofre que estava junto a ela, em que estavam os objetos de ouro, e puseram-nos sobre aquela grande pedra; e os homens de Bete-Semes ofereceram holocaustos e sacrifícios ao SENHOR no mesmo dia.
16 E, vendo aquilo os cinco príncipes dos filisteus, voltaram para Ecrom no mesmo dia.
17 Estas, pois, são as hemorróidas de ouro que enviaram os filisteus ao SENHOR em expiação da culpa: Por Asdode uma, por Gaza outra, por Ascalom outra, por Gate outra, por Ecrom outra.
18 Como também os ratos de ouro, segundo o número de todas as cidades dos filisteus, pertencentes aos cinco príncipes, desde as cidades fortificadas até às aldeias, e até Abel. A grande pedra, sobre a qual puseram a arca do SENHOR, ainda está até ao dia de hoje no campo de Josué, o bete-semita.
19 E o SENHOR feriu os homens de Bete-Semes, porquanto olharam para dentro da arca do SENHOR; feriu do povo cinqüenta mil e setenta homens; então o povo se entristeceu, porquanto o SENHOR fizera tão grande estrago entre o povo.
20 Então disseram os homens de Bete-Semes: Quem poderia subsistir perante este santo SENHOR Deus? E a quem subirá de nós?
21 Enviaram, pois, mensageiros aos habitantes de Quiriate-Jearim, dizendo: Os filisteus remeteram a arca do SENHOR; descei, pois, e fazei-a subir para vós.

Bom, não vou me dar ao luxo de explicar o texto, pois ele fala por si só. É bem explicado e não há nele nenhuma dificuldade de interpretação - a menos que eu queira complicá-lo com minhas interpretações bizarras. O irmão disse que há muitas personagens bíblicos que são exemplos para nós, mas que naquela noite iríamos aprender com duas personagens incomum de um exemplo fenomenal - AS DUAS VACAS! 


O QUE APRENDEMOS:


1) RENUNCIA: 
Segundo o que foi ensinado pelo irmão nós precisamos aprender com essas vacas a renunciar tudo  por amor a Jesus Cristo. Para confirmar biblicamente suas palavras ele citou algumas passagens das Escrituras, porém fora do contexto de 1Sm 6.10-14. A interpretação do irmão é que as vacas renunciaram suas crias, abandonando-as no curral para servir ao Senhor por meio do ato de  puxar o carro-de-boi com a arca sobre ele. É de assustar qualquer pessoa! Os homens separaram as vacas dos bezerros. (v. 10). A coisa aconteceu mais ou menos assim: os homens fizeram o carro-de-boi, pegaram as vacas, colocaram o carro-de-boi sobre elas, colocaram a arca sobre o carro-de-boi e prenderam os bezerros em casa ou curral. - tudo sobre a ordem dos seus sacerdotes e dos advinhadores (vs. 2,3). Você consegue imaginar uma vaca que abandona a sua cria para servir ao Senhor? Eu não consigo, pois é demais para minha mente! 

2) FIRMEZA NO CAMINHO: 
O fato da Bíblia declarar que as vacas andaram no caminho sem se desviarem, nem para a direita e nem para a esquerda, não significa uma fidelidade ao Senhor. Contudo, o irmão creu e ensinou assim. Além disso, ele acrescentou que elas não se desviaram do caminho por estarem sendo guiadas por Deus. Estou convicto de que Deus é soberano para guiar quem ele desejar. Ele tem poder sobre tudo, pois tudo foi por Ele criado e nada do que se criou sem Ele foi criado. Entretanto, o texto de 1Sm 6.10-14 declara que  os príncipes da cidade seguiram as vacas até o termo de Bete-Semes (v. 12b). Daí então eu entendo o motivo pelo qual elas não sairam do caminho - haviam homens guiando-as. Outra coisa, esse caminho em nada tem haver com O CAMINHO - Cristo. Este caminho era apenas uma estrada como qualquer outra. O problema é que desejamos arrumar um significado para cada palavra escrita na Bíblia.

3) BERRAVAM 
Segundo ele, o berrar das vacas é a expressão da alegria por estar levando a arca que é a PRESENÇA DE DEUS SOBRE ELAS. Faça me um favor! O fato é que as vacas estavam longe das suas crias, sendo assim é natural que berrem mesmo. Não sei como é a relação animal-Deus-animal, mas sei que nessa passagem as vacas berravam por estarem longe de suas crias. Isso não sou eu, um menino da cidade que digo, mas sim um ex-criador de gado lá da igreja disse isso na hora da Palavra Doutrinária. Segundo o irmão, o ex-criador de gado, toda vaca berra ao ser afastada de sua cria - principalmente no período de amamentação.  O que falta nesse meio?

4) SACRIFÍCIO 
Segundo o relato bíblico, as vacas foram sacrificadas ao chegarem em Bete-Semes pelos que estavam no campo de Josué - o betesemita. No fantástico mundo de Bob esse é um ato de entrega e de sacrifício por amor a Deus. Segundo ele, o irmão pregador, nós que levamos a presença de Deus devemos nos sacrificar por isso e para isso. Tudo bem, concordo, com algumas ponderações, com essa idéia, mas o texto base está distorcido para dar veracidade a interpretação. Por falar em sacrifício, ele teve a audácia de citar Rm 12 - O SACRIFÍCIO VIVO, SANTO E AGRADÁVEL A DEUS, O NOSSO CULTO RACIONAL. Muito bem, as vacas se sacrificaram ou foram sacrificadas? Elas se apresentaram vivas, santas e agradáveis a Deus e ofereceram culto racional, ou simplesmente agiam pela natureza "vacal"? Que culto racional elas prestaram a Deus se as tais são irracionais?


Caso vocês tenham boa imaginação, visualize duas vaquinhas cheias do poder, alegres pela presença de Deus nas suas pobres vidas de futuros bifes, sem desviar do caminho e que se sacrificam pela causa do Mestre. Nem mesmo que eu desejasse muito conseguiria gerar uma mensagem dessa. É muita alucinação! Quem sabe em um futuro muito próximo isso será uma realidade entre nós. Sim! Não se assuste, pois do jeito que os homens estão interpretanto a Bíblia e pregando o Evangelho não me espantaria se Deus suscitasse vacas para fazerem a obra da evangelização. Pode parecer estranho, mas essa geração não conheceu o Senhor (Jz 2.10). As provas são as elocubrações textuais sem contexto e respaldo nas sagradas letras. Me permita dizer isso "...pai perdoa-os, pois não sabem o que fazem...". Sei que não fui fiel a exegese do texto, mas o que importa? Sinto-me aliviado para tal depois da vaquice interpretativa acima. Para uma geração que considera MARCO FELICIANO e SILAS MALAFAIA como os "maiores" pregadores, espera-se tudo.


ABAIXO SEGUE UM COMENTÁRIO, LEIAM! 

Mano amado: Graça e Paz! 

Quem sabe não foi o espírito do Presépio Natalino a inspiração pecuária da interpretação do irmão!...

Claro que posso imaginar vacas, bois, veados, tigres, gatos, jumentinhos, passarinhos, peixes, e qualquer criatura cheia do Espírito Santo!... Tem até jumento que discerne o mundo espiritual melhor do que muitos “profetas” da escola de Balaão!... O que não posso imaginar é esse tipo de sacrifício bíblico [exegético/hermenêutico] a fim de dar um sentido às vacas... Fazer isto é trabalho de burro...  Sim, é ministério de burro fazer este trabalho teológico interpretativo... Rsrsrs! Bichinhos cheios do Espírito é coisa normal... Hoje em dia o difícil é encontrar homens em tal estado...

Jesus disse que da criação Ele poderia esperar toda cooperação, como se cada ente fosse um anjo... Daí Ele ter dito que até as pedras poderiam falar... Uma pedra, no entanto, só falaria se Deus ordenasse... Ora, este é o problema...  Sim, a criação fala a mensagem certa; e aparece em milagres de sobrenaturalidade quando Deus assim determina... Com os homens, entretanto, não é assim... Se Deus mandar [...] quem sabe a gente fala... Mas se Ele não mandar fica melhor ainda, pois, a gente inventa com total liberdade de fazer qualquer coisa de qualquer coisa... 

O alegorismo das interpretações pentecostais é o diabo interpretativo!... 

Sim, pelo alegorismo se pode dizer [...] e fazer qualquer coisa dizer o que queiramos... Afinal, o alegorismo ficcional é uma ferramenta do Spielberg [...], não de Jesus. 

Isto me lembra uma secretária que tive bem no passado... Ela me respeitava muito e desconfiava que qualquer coisa que ela não entendesse na minha ortografia [ela datilografava as minhas cartas e esboços de mensagens...] era deficiência dela, não minha... Assim, um dia, diante de esboço que eu pregara no domingo sobre a Vara de Deus, a de Moisés, ela não entendeu minha letra, e, mesmo tendo ouvido a mensagem, não creu no que ouvira; e, assim, como não compreendia a minha letra, apenas lia Vaca onde eu escrevera Vara... Bem, o esboço era publicado no Boletim da igreja local... Eu estava viajando... Quando cheguei no domingo cedo a fim de pregar, vi o boletim nas mãos das pessoas; e todas estavam rindo a valer...

O tema: A Vaca de Deus!... Onde quer que no esboço eu tivesse escrito a Vara de Deus [...], ali ela escrevera a Vaca de Deus...

Assim...
A Vaca de Deus é poderosa...
A Vaca de Deus abre os mares...
A Vaca de Deus tira água da rocha...
A Vaca de Deus vence os inimigos...
A Vaca de Deus é cheia de autoridade... 

Também assim...

Jesus era casado com a Tunica, pois se diz que Ele tinha uma túnica...
Jesus era músico, pois tocava o esquife...
Do mesmo modo Jesus ama o homem/ostra, pois o pregador não sabia ler austero... Rsrsrs!

Quando eu ia ser ordenado diácono, seis meses depois de convertido, um velho presbítero foi aconselhar os três novos diáconos: eu, o João Chrisóstomo Junior e o Eduardo... Então ele abriu numa carta de Paulo e leu: “Sejam revestidos de ternos afetos...”; e disse: “Viram!? Acabou o tempo de virem sem terno para os cultos... Aqui diz que é para se revestir de ternos afetos... O terno vocês conhecem... Venham de terno...

Agora um pouco de seriedade... 

SE ALGUÉM NÃO LÊ A BÍBLIA SEM TER JESUS COMO A CHAVE HERMENÊUTICA, ESSE FARÁ MUITO MAL A SI MESMO E ÀQUELES QUE O OUÇAM! 

Quanto a isto a história da interpretação bíblica me dispensa de fazer maiores comentários! Essas vacas tão santas dariam um churrasco maravilhoso.

Receba meu carinho... 

Nele, em Quem vacas falam [...], mas não quando o homem muge sua própria interpretação, 

Caio

25 de dezembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF


Sglima - Sola Scriptura

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cristianismo hoje


Desgraçado, miserável, pobre, cego e nu!





“Mas o Imperador está nu!” Disse um garotinho. “Falou a voz da inocência!” Exclamou o pai; e cochichou para outro o que a criança dissera. “Ele está nu!” Correu de boca em boca. “Ele está nu!” Bradou finalmente o povo. O Imperador ficou envergonhado porque sabia que estavam certos; mas refletiu: “O cortejo precisa prosseguir!” Aprumou ainda mais o corpo, e os camareiros, solenes, continuaram fingindo segurar o manto real que não existia. 

Hans Christian Anderson.

Assim caminha a "igreja"... Está nua, porém pensa que está vestindo o mais puro linho fino. Enquanto isso os "garotinhos" com suas vozes inocentes exclamam. E daí... o cortejo precisa prosseguir, não é mesmo? Como diria a personagem Orfélia: "...te ajeita lindo Fernandinho..."!

Sglima - Sola Scriptura

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ministros ou escravos?


Hiperetes





“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.” (1Co 4.1)

1. Introdução:

Para Jesus tudo era visto e vivido simplesmente na simplicidade da simplificação do que havia de mais simples. Fui complicado demais, para que quer falar de simplicidade? Sim! Contudo, Nele, por Ele e para Ele tudo e todos são e devem ser sempre simples como a natureza.

Veja você mesmo o que Ele afirma “... não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos..." (Lc 6.44). Existe algo mais natural e simples que isso? E quando ele fala do Reino usando as parábolas? E quando ele nos ensina a conversar com Papai do Céu? Vá pensando em mais...

Simplesmente para Jesus, em sua simplicidade, pessoas nasciam e morriam. Os jovens dançavam e velhos ficavam cada vez mais quietos. Os adultos se esforçavam por ser responsáveis e as crianças tinham toda permissão para a leveza da vida. Comia quando se tinha fome, bebia quando se tinha sede e dormia quando se tinha sono.

É assim que O vemos ser e apreciar a vida, conforme nas narrativas dos Evangelhos. Simplesmente simples na sua simplicidade, ou seja, NATURAL como o curso da vida. E Paulo não era diferente em nada... era penas Paulo, o velho. A simplicidade com que Paulo vivia o evangelho pode ser constatada em suas cartas e em especial no texto em apresso.

O simples hoje é substituído pelo exuberante, extravagante, etc. Isso inclui o evangelho – que é o próprio Cristo. Quem sabe motivados por um avanço tecnológico-científico as pessoas aspiram, cada dia mais, as coisas menos simples – a começar pela vida que se leva. Contudo, isso não é coisa do mundo, da sociedade escrava do pecado. Não, não é mesmo! A simplicidade de uma bomba está em falta nas tribunas, bancos e corações cristãos.

Vejamos, como alguém entende a palavra ministro expressada por Paulo? A maioria acredita ser um título nobre, honroso e digno de toda aceitação. Com base nessa interpretação enchem os pulmões de ar e gritam aos quatro ventos “Eu, fulano de tal, MINISTRO do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Onde está a simplicidade do Evangelho Encarnado nessas palavras?

Então vamos apreciar o texto e entendermos o que Paulo queira dizer para o povo daquela igreja. Bom, quem sabe assim nos tornarmos verdadeiros ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.

1.1. Definição o termo ministro

Ministro é o título dos membros do Governo, de estatuto superior, da maioria dos países do mundo. Alguns países têm designações diferentes, chamando-lhes: secretário, secretário de Estado, conselheiro, comissário, tribuno, aferidor, ouvidor, bedel, preposto, etc.

Seria nesse título que estava pautada a importância dada por Paulo à consideração dos homens para conosco? Não! Mas devido ao abandono do evangelho, simples como ele é, os homens (pastores, apóstolos, bispos, reverendos, etc.), que se proclamam ministros, desejam e buscam essa forma de consideração e reconhecimento popular. A glória dos homens para os homens!
Quando Paulo escreve esse trecho da sua carta ao povo de Corinto ele usa um termo grego – “ [hiperetes]” – que significa, em poucas palavras, um escravo do mais baixo nível social e que remava no interior das galés.

1.2. Contexto histórico

A galé pode designar qualquer tipo de navio movido a remos. Algumas variações possuem mastros e velas para auxiliar a propulsão; eram navios muito usados em guerras na Europa, por isso desempenharam um papel de grande importância na época.

Os prisioneiros de guerra, condenados judicialmente por crimes bárbaros, etc. eram usadas como escravos. Por vezes os escravos se tornavam remadores de galé. Contudo, não apenas os supracitados eram “hiperetes”, mas com o tempo as guerras foram aumentando e o governo necessitava de mais remadores, por isso os juízes foram orientados cada vez mais a condenarem bandidos às galés, até mesmo pequenos infratores eram condenados.

2. Características dos Hiperetes

O termo hiperetes trata da classe de escravos mais baixa da sociedade e por isso o se uso foi abandonado na igreja do terceiro século, pois ofendia a nobreza convertida ao cristianismo de Constantino. Contudo, nós, a igreja do vigésimo primeiro século ainda temos vergonha de sermos tratados de hiperetes e preferimos um termo mais honroso diante dos homens.

2.1. Eram remadores debaixo

Isso significa que os escravos (hiperetes), além de pertencer ao mais baixo nível social da época, remavam no interior das galés, ou seja, no local mais baixo da embarcação. Quem via a intrepidez ou a leveza com que a galé navegava desconhecia os seus remadores – os hiperetes.

Esse é o sentido do evangelho. Sim, uma descida aos locais mais baixos da terra e de si mesmo para que assim Cristo seja elevado e glorificado. Para que o nome de Cristo seja glorificado na vida do cristão, esse não precisa subir em um palanque, pedestal ou tribuna.

Muitos dizem que estão levando o nome de Cristo, mas no pretexto de apresentar o seu também. Precisamos descer, descer e descer... pois como disse João, o batista, “necessário é que eu diminua e que Ele cresça.” Ministros que é hiperetes faz assim, rema no fundo da embarcação e deixa os louros para o capitão.

2.2. Remavam ao som do tambor do capitão

Os escravos não podiam remar como desejassem, pois havia um tambor que determinava o ritmo da remada. Eram tocados alguns ritmos diferentes e dentre eles destacamos três, são eles: ritmo de guerra, ritmo de mar bravio e ritmo de mar calmo. Assim deveria acontecer na vida dos ministros. Se o são em verdade, não podem determinar o ritmo de sua vida. Devem deixar ser conduzido pelo ritmo do tambor do Capitão – Cristo.

Entre eles (hiperetes) ninguém poderia deixar de conhecer muito bem cada ritmo tocado, pois do contrário quebraria o compasso da remada. Crente que não conhece o ritmo do tambor (Bíblia Sagrada) entra em desarmonia com o restante dos irmãos. Precisamos sentir o mesmo no Senhor para remarmos juntos, no mesmo sentido e com a mesma intensidade. Conheces o ritmo que seu Capitão está tocando ou os ouvidos estão acostumados com outros ritmos? Quantos ditos ministros remando em ritmo diferente do tocado pelo tambor.

2.3. Remavam com um carrasco os chicoteando

Havia um carrasco que chicoteava os hiperestes caso eles parassem de remar ou remassem em um ritmo diferente do tocado pelo tambor. Assim que parava de remar vinha o chicote. Remava contrário ao ritmo determinado pelo tambor vinha a chicotada. Parece muito mal isso, mas quando um não rema os outros remam a mais e consequentemente, um após o outro, vão perdendo as forças. Assim o ritmo é quebrado e a embarcação deixa de navegar. Quando remam no ritmo diferente oferecem perigo de naufrágio, pois cada um rema em um ritmo qualquer.

Precisamos sempre de um espinho na carne, pois só assim aprendemos e deixamos de ser bestas. O espinho na carne, o chicote nos lombos, a ferida por Ele aberta, a repreensão, etc. é a manifestação de amor e serve para nos proteger – na maioria das vezes de nós mesmos. Ele é Senhor e Soberano, e isso implica em fazer o que deseja, como deseja, com quem deseja, onde deseja e quando deseja. Bem-aventurado aquele que não despreza a correção do Senhor, pois ele repreende a todo quanto ama.

2.4. Remavam acorrentados na embarcação

Os escravos eram amarrados na embarcação assim que entravam nelas. Quando um escravo entrava na galé ele dava adeus à sua vida, pois agora era hiperetes até a morte. As correntes erram para garantir que nunca fugiriam, que não abandonariam a embarcação e que morreriam no caso de naufrágio.

Paulo afirma que nada nos separa desse amor. Somos seus escravos e estamos acorrentados Neles por laços de amor. É o amor do Filho em nós que nos uni ao Pai e não conduz ao porto seguro na eternidade. Não entramos nunca canoa furada e nem de gaiato no navio. Ele nos escolheu, nos amou e nos reconciliou consigo. Ele nos prendeu a Ele e nos disse que ninguém pode nos arrebatar de suas mãos. É daqui para a eternidade, pois assim como os escravos sabemos que já estamos mortos.

2.5. Apenas uma portinhola no teto os permitia ver fora da galé

A única forma dos escravos ver o lado de fora era olhando para uma portinhola no teto da galé e esta se direcionava para o céu. Assim sendo, com o mundo exterior somente o céu estava diante de seus olhos.

Esse é o alvo do cristão, o céu. É por ele que lutamos, é com ele que sonhamos e é para lá que desejamos ir. Paulo disse que devemos olhar para as coisas que são decima e não para as que são debaixo. Devemos olhar além dos montes, lá está o socorro. Devemos olhar além do nevoeiro, pois no meio dele está o Cristo.

Quantos “ministros” perderam a visão do céu e equivocados dizem que receberam uma nova visão. Até Bartimeu viu mais do que os ministros. Com suas invenções, com as variações do mesmo tema, com suas meras repetições, com seus altos cachês, com suas ofertas de fé e amor, com suas campanhas disso ou daquilo, sendo tudo isso vaidade de vaidade, eles vão acumulando o tesouro na terra, esperando Cristo para esse presente tempo e tornando-se os mais miseráveis dos homens.

2.6. Eram homens sem vida própria

Suas vidas pertenciam ao capitão da embarcação e o tal fazia deles o que melhor lhe parecesse. Isso é ser ministro e Paulo sabia bem. Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim. Não temos vida própria, pois a vida que vivemos na carne a vivemos no Filho de Deus. Ele morreu a nossa morte para que pudéssemos viver a sua vida, então agora para mim viver é Cristo e morrer é lucro.

O verdadeiro ministro não é alguém importante, mas desprezível diante do mundo. Não tem vida própria, mas vive a vida do Filho de Deus. Em nada tem sua vida por preciosa e por isso deseja que os homens assim o considerem – hiperetes, apenas um escravo.

Conclusão

No mundo de hoje a mentira está sendo aceita como verdade. As trevas sendo tomadas por luz e o mal por bem. Os homens descritos por Paulo a Timóteo estão sendo chamados de homens de Deus. A terra é de gigante, trocam vidas por diamante e o evangelho é uma banda numa propaganda de refrigerante.

Quantos estão decepcionados com a “igreja”, pois esta, que já foi um organismo vivo, o corpo de Cristo, se institucionalizou em um verdadeiro ministério – no sentido político da palavra. Contudo, ainda há esperança. Enquanto houver hiperetes para ouvir o toque do tambor e remar no ritmo certo a galé permanecerá rumo ao porto seguro.

Ainda há vaga na galé para quem deseja ser hiperetes, para quem deseja tremar ao som do tambor do Capitão, para quem não tem a vida por preciosa, para quem, de forma simples, simplesmente deseja viver a simplicidade do evangelho – que é Cristo.

Venha sem se considerar coisa alguma, pois Nele não há gregos, nem bárbaros, nem judeus e nem gentios. Nele somos todos homens, mulheres, velhos, jovens, crianças, escravos e livres. E Nele os homens nos considerarão hiperetes se nos acharmos fiéis.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Entre e deixe a porta aberta


Entre e não bata a porta, deixe-a aberta aos demais



“Ai de vocês, peritos na lei, porque se apoderaram da chave do conhecimento. Vocês mesmos não entraram e impediram os que estavam prestes a entrar! Quando Jesus saiu dali, os fariseus e os mestres da lei começaram a opor-se fortemente a ele e a interrogá-lo com mitas perguntas, esperando apanhá-lo em algo que dissesse.”  
(Lucas 11.52-54)


PONTO DE REFLEXÃO:

Os fariseus, que se orgulhavam de ser os mais puros, de fato contaminavam todos que entravam em contato com eles (v. 44). Os peritos na lei se orgulhavam do seu conhecimento, que supostamente abria o entendimento do povo para a vontade de Deus. Na verdade, os pormenores de interpretação deles tornavam a Palavra de Deus difícil de entender e impossível de obedecer. Assim, eles nem entravam e fechavam o Reino para quem queria entrar. A mesma coisa acontece hoje quando tradições humanas ou "linhas" denominacionais tomam o lugar da pura Palavra de Deus. O conhecimento de Deus se torna um mistério acessível apenas para peritos em exegese e a vontade do Senhor cada vez mais distante do homem comum. Graças a Deus, a nossa entrada no Reino dos Céus não depende de conhecimento de profundos mistérios ou malabarismos de interpretação. Basta uma fé simples na pessoa de Jesus Cristo. A do tamanho de um grão de mostarda serve. O importante não é o que você sabe, e sim, Quem você conhece. Siga Ele. Isso te basta.

Fonte: http://www.hermeneutica.com/


Sglima - Sola Scriptura

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Assim caminha o evangelho


GOLPE DOS MESTRES

Como impressionar nas reuniões (cultos) que requerem sua participação ativa, mas onde porém ninguém vai prestar  muita atenção no que você vai falar. Na verdade é um "Como falar muito sem dizer nada"! A tabela abaixo permite a composição de 10.827 sentenças: basta combinar, em seqüência, uma frase da primeira coluna, com uma da segunda, da terceira e da quarta (seguindo a mesma linha ou 'pulando' de uma linha para outra - mas respeitando: uma frase de cada coluna). O resultado sempre será uma sentença correta, mas sem nenhum conteúdo. Experimente no próximo culto e impressione o seu pastor e irmãos. Apenas use palavras gospel, assim fica mais persuasivo (risos).

EMBROMATION


Click na tabela para ampliá-la e possibilitar uma melhor visualização e uma ótima diversão.

Lembre-se sempre que é desse modo que o "evangelho" é pregado na maioria das igrejas. São meras combinações de palavras bonitas, frases de efeito, gritos, declarações, etc.

Contudo, como diz João Alexandre, "cada um vive o evangelho que merece"!

Precisa-se de missionários


Carta ao Apóstolo Paulo


Conta-se que o Apóstolo Paulo enviou seu currículo para uma Junta de Missões Mundiais, oferecendo-se para trabalhar como missionário. Depois de algumas semanas, o Secretário da Junta escreveu-lhe esta carta.
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Ao Reverendo Saulo Paulo de Tarso (Missionário Independente)
Roma, Itália

Caro Sr. Paulo:

Recebemos recentemente seu currículo, exemplares de seus livros e o pedido para ser sustentado pela nossa Junta como missionário na Espanha. Adotamos a política da franqueza com todos os candidatos. Fizemos uma pesquisa exaustiva no seu caso. Para ser bem claro, estamos surpresos que o senhor tenha conseguido até aqui passar como missionário independente.

Soubemos que sofre de uma deficiência visual que, algumas vezes, o incapacita até para escrever. Essa certamente é uma deficiência grande para qualquer pessoa. Nossa Junta requer que o candidato tenha boa visão, ou que possa usar lentes corretoras.

Em Antioquia, o senhor provocou um entrevero com Simão Pedro, um pastor muito estimado na cidade, chegando a repreendê-lo em público. O senhor provocou tantos problemas que foi necessário convocar uma reunião especial da Junta de Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém. Não podemos apoiar esse tipo de atitude.

Acha que é adequado para um missionário trabalhar meio-período em uma atividade secular? Soubemos que fabrica tendas para complementar seu sustento. Em sua carta à igreja de Filipos, o senhor admite que aquela é a única igreja que lhe dá algum suporte financeiro. Não entendemos o porquê, já que serviu a tantas igrejas.

É verdade que já esteve preso diversas vezes? Alguns irmãos nos disseram que passou dois anos na cadeia em Cesaréia e que também esteve preso em Roma, e em outros lugares. Não achamos adequado que um missionário da nossa Junta tenha folha corrida na Polícia.

O senhor causou tantos problemas para os artesãos em Éfeso que eles o chamavam de o homem que virou o mundo de cabeça para baixo. Sensacionalismo é totalmente desnecessário em Missões. Deploramos, também, o vergonhoso episódio de fugir de Damasco escondido em um grande cesto.

Estamos admirados em ver sua falta de atitude conciliatória. Os homens elegantes e que sabem contemporizar não são apedrejados ou arrastados para fora dos portões da cidade, tampouco são atacados por multidões enfurecidas. Alguma vez parou para pensar que palavras mais amenas poderiam ganhar mais ouvintes? Remeto-lhe um exemplar do excelente livro "Como Ganhar os Judeus e Influenciar os Gentios" de Dálio Carnego.Em uma de suas cartas, o senhor referencia a si mesmo como "Paulo, o velho". As normas de nossa Missão não permitem a contratação de missionários além de certa idade.

Percebemos que é dado a fantasias e visões. Em Trôade, viu "um homem da Macedônia" e em outra ocasião diz que "foi levado até o Terceiro Céu e que ouviu palavras inefáveis". Afirma ainda que viu o Senhor e que ele o confortou. Achamos que a obra de evangelização mundial requer pessoas mais realistas e de mente mais prática.

Em toda a parte por onde andou, o senhor provocou muitos problemas. Em Jerusalém, entrou em conflito com os líderes do seu próprio povo. Se alguém não consegue se relacionar bem com seu próprio povo, como pode querer servir no exterior? Dizem que tem o poder de manipular serpentes. Na ilha de Malta, ao apanhar lenha, uma víbora se enroscou no seu braço, picou-o, mas nada lhe ocorreu. Isso soa muito estranho para nós.

O senhor admite que enquanto esteve preso em Roma, "todos o esqueceram". Os homens bons nunca são esquecidos pelos seus amigos. Três excelentes irmãos, Diótrefes, Demas e Alexandre, o latoeiro, disseram-nos que acharam impossível trabalhar com o senhor e com seus planos mirabolantes.

Soubemos que teve uma discussão amarga com um colega missionário chamado Barnabé e que acabaram encerrando uma longa parceria. Palavras duras não ajudam em nada a expansão da obra de Deus.

O senhor escreveu muitas cartas às igrejas onde trabalhou como pastor. Em uma delas, acusou um dos membros de viver com a mulher de seu falecido pai, o que fez a igreja ficar muito constrangida e a excluir o pobre rapaz.

O senhor perde muito tempo falando sobre a segunda vinda de Cristo. Suas duas cartas à igreja de Tessalônica são quase totalmente devotadas a esse tema. Em nossas igrejas, raramente falamos sobre esse assunto, que consideramos de menor importância para os nossos objetivos.

Analisando friamente seu ministério, vemos que é errático e de pouca duração em cada lugar. Primeiro, a Síria, depois, Chipre, vastas regiões da Turquia, Macedônia, Grécia, Itália, e agora o senhor fala em ir à Espanha. Achamos que a concentração é mais importante do que a dissipação dos esforços. Não se pode querer abraçar o mundo inteiro sozinho.

Em um sermão recente, o senhor disse "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo". Achamos justo que possamos nos gloriar na história da nossa denominação, no nosso orçamento unificado, no nosso Plano Cooperativo e nos esforços para criarmos a Federação Mundial das Igrejas.

Seus sermões são muito longos. Em certa ocasião, um rapaz que estava sentado em um lugar alto, adormeceu após ouvi-lo por várias horas, caiu e quase quebrou o pescoço. Já está provado que as pessoas perdem a capacidade de concentração após trinta ou quarenta minutos, no máximo. Nossa recomendação aos nossos missionários é: Levante-se, fale por trinta minutos, e feche a boca em seguida.

O Dr. Lucas nos informou que o senhor é um homem de estatura baixa, calvo, de aparência desprezível, de saúde frágil e que está sempre agitado, preocupado com as igrejas e que nem consegue dormir direito à noite. Ele nos disse que o senhor costuma levantar durante a madrugada para orar. Achamos que o ideal para um missionário é ter uma mente saudável em um corpo robusto. Uma boa noite de sono também é indispensável para garantir a disposição no trabalho no dia seguinte.

A Junta prefere enviar somente homens casados aos campos missionários. Não compreendemos nem aceitamos sua decisão de ser um celibatário permanente. Soubemos que Elimas, o Mágico, abriu uma agência matrimonial para pessoas cristãs aí em Roma e que tem nomes de excelentes mulheres solteiras e viúvas no cadastro. Talvez o senhor devesse procurá-lo.

Recentemente, o senhor escreveu a Timóteo dizendo que "lutou o bom combate". Dificilmente pode-se dizer que a luta seja algo recomendável a um missionário. Nenhuma luta é boa. Jesus veio, não para trazer a espada, mas a paz. O senhor diz "lutei contra as bestas feras em Éfeso". Que raios quer dizer com essa expressão?

Pesa-me muito dizer isto, irmão Paulo, mas em meus vinte e cinco anos de experiência, nunca encontrei um homem tão oposto às qualificações desejadas pela nossa Junta de Missões Mundiais. Se o aceitássemos, estaríamos quebrando todas as regras da prática missionária moderna.

Contamos com sua compreensão, pois essa é a nossa realidade e nos despedimos nos Salmos 133.1, em Cristo Jesus.

Sinceramente
A. Q. Cabeçadura
Secretário da Junta de Missões Mundiais


Sglima - Sola Scriptura

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Há lugar na estalagem?


Cidadão
Lucio Barbosa




Tá vendo aquele edifício moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
e me diz desconfiado, tu tá aí admirado
ou tá querendo roubar?
Meu domingo tá perdido
vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar o meu tédio
eu nem posso olhar pro prédio
que eu ajudei a fazer

Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
aqui não pode estudar
Esta dor doeu mais forte
por que que eu deixei o norte
eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava mas o pouco que eu plantava
tinha direito a colher

Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
e o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
e na maioria das casas
Eu também não posso entrar

Fui eu quem criou a terra
enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
e na maioria das casas
Eu também não posso entrar

Ponto de Reflexão:
Qualquer semelhança não é mera coincidência. Ele que nasceu, viveu, morreu, ressuscitou por nós e nos mostrou um caminho mais excelente não tem mais lugar no coração dos homens. Homens que criaram asas e voaram para outro evangelho, tornando-se anátemas. Enquanto isso, Ele está do lado de fora batendo à porta... porém parece que há uma inscrição "Proibida a entrada de estranhos"!

Sglima - Sola Scriptura 

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

É proibido pensar?


Todos conhecem a celebre frase "Penso logo existo" de Descarte. Nos proibem de pensar para que deixemos de ser, pois não pensando deixamos de existir. Nesse caminho de pensar e existir acabamos deixando de ser o que somos para se tornar aquilo que eles querem. (Sglima - O Prisioneiro)


Numa cidade muito longe, muito longe daqui, que tem "programa" que parecem com os "programas" daqui, que tem "igrejas" que parecem com as "igrejas" daqui.

Lá, as "comunidades evangélicas", reúnem-se como verdadeiras "assembléias de Deus", para um "projeto vida nova" e com um comportamento bem "metodista", onde os irmãos lavados pelas águas "batistas", anseiam por tornarem-se oficiais "presbiterianos".

Lá, o desafio é "renascer em Cristo", pois a linguagem "universal do reino de Deus", dificulta o "ministério apascentar", surgindo uma questão "internacional da graça de Deus", que só será resolvida a nível "mundial do poder de Deus"; mas, são coisas dos "últimos dias".

Lá, permanece, então, um grande coro "congregacional": o "Brasil para Cristo" e o "mundo para Cristo". 

Lá, estando "Deus  em Cristo", é certo que "Cristo vive", por isso é possível dizer "maranata" ora vem Senhor Jesus, com muita "paz e vida".

Lá, "a verdade na TV", virou um verdadeiro "show da fé"; e, para que todos alcancem a "vitória em Cristo", neste "tempo de avivamento" basta só: "fala! que eu te escuto".

Lá, o som da "nossa rádio" é uma verdadeira "melodia", e isto graças a "el-shadai".

Lá, é proibido pensar???

Nele, que sabe de tudo o que acontece lá e aqui.

Luiz Otávio / Jardim Primavera-Duque de Caxias-RJ

Sglima - Sola Scriptura

Enquete do Senado


Vote hoje!


Vote e divulgue esta mensagem a todos os seus amigos para que votem "não" ao PLC 122/2006 em enquete do Senado

Por Julio Severo

Parece muito mais do que coincidência que, no mês de novembro quando a senadora petista Fátima Cleide está determinada a avançar o PLC 122/2006 custe o quanto custar ao Brasil, o Senado faz vista grossa às manobras dela, anula resultados da enquete anterior favoráveis aos sentimentos da própria população brasileira e refaz uma enquete que, do ponto de vista técnico, é uma grande furada. 

Fico me perguntando se o Senado é alguma redoma, onde os senadores se isolam da realidade nacional maior e tentam impor sobre o restante da população a realidade menor e interior deles. Mesmo com o radicalismo da esquerda em geral e do PT em particular reinando sobre o Brasil, pesquisa de instituto ligado ao PT apurou que 99% da população brasileira não aceitam o homossexualismo. 

Apesar disso, a redoma do Senado ou do PT não permite que Fátima Cleide aceite a realidade do Brasil. E a enquete, feita propositadamente ou não para que crianças de cinco anos votem quantas vezes quiserem, vem no mesmo passo do PT em geral e de Fátima Cleide em particular: manobras, manobras e manobras. 

Mesmo assim, vamos votar. Vote um forte "NÃO" à tirania homossexual na enquete: http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0. Se votarmos em número suficiente, o Senado provavelmente anulará os resultados. Se permitirmos que o voto "sim" prevaleça, Fátima Cleide usará os resultados como prova de que o Brasil pensa como os habitantes da redoma. 

Mas não fique só no voto. Incomode os habitantes da redoma do Senado com seus telefonemas, emails e outros contatos. Visite os senadores do seu estado em suas respectivas localidades. Ajude-os a entender que, fora da redoma do PT e dos radicais grupos homossexuais, 99% da população pensam normal: homossexualismo não é bom para o país, para a sociedade e para as famílias. Homossexualismo e homossexualidade não são bons para ninguém. 

Vote "não" à anormalidade sexual. Vote "não" ao PLC 122/2006:
 

Esta é a campanha do "não" à ditadura homossexual. Distribua esta mensagem livremente para todos os seus amigos.






PLC 122: Ditadura gay às portas do Brasil

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Adoração em Santidade


“...adorai ao Senhor na beleza da sua santidade...”
1Cr 16.29




Eis aí uma expressão que ouço desde que era menino de calças curtas. Nas orações era comum ouvir as pessoas dizerem: “Senhor, te adoro na beleza da sua santidade”. Nas pregações era comum ouvir o pregador dizer: “Adorem ao Senhor na beleza da sua santidade”.

O tempo passou e eu cresci, não muito é verdade, mas cresci (risos). E por esses dias fui convidado à compartilhar a Palavra com alguns irmãos em uma igreja próximo da minha casa. Era um encontro de jovens para comemorar o aniversário do departamento e o tema escolhido foi esse que tendo entender e descrevê-lo aqui.

Logo de primeira me assustei com a escolha do tema, pois nos últimos tempos só encontramos temas para “avivamentos”. É bem verdade que os fazedores de movimento são capazes de transformar qualquer texto em pretexto para seus excessos. Falar de adorar ao Senhor está na moda, por exemplo: adoração profética, adoração extravagante, etc. Contudo, a beleza de sua santidade saiu de moda e está desvinculada da adoração ou tomou outra roupagem.

Bom, mas vamos retornar a expressão e não vamos perder o foco com coisas menos importantes. Quando Davi se expressa dessa forma em 1Cr 16.29, e essa expressão se repete nos Salmos, passa pela minha mente o que seria para ele (Davi) o "BELO" da santidade de Deus. O que havia de mais LINDO e mais SANTO para o rei?

Ao contextualizarmos esse texto veremos que Davi está alegre demais pelo retorno da Arca da Aliança para Jerusalém. Afinal, desde os tempos de Eli que a Arca havia sido roubada. Aí está! Esse era o que Davi e o povo de Israel tinham por representativo máximo da BELEZA DA SANTIDADE DO SENHOR – A ARCA DA ALIANÇA. E este objeto ficava em um lugar especial ou específico chamado de Santíssimo. Dentro da Arca estava as Tábuas da Lei, o Maná e a Vara de Arão que floresceu.

E por conta do retorno da Arca ao seu devido lugar que Davi escreve um cântico chamando todo o povo para adorar ao Senhor na beleza da sua santidade. Em outras palavras: “entrem no lugar santíssimo e adorem ao Senhor diante da arca da aliança” – eis aí o BELO e o SANTO (a beleza de sua santidade) para eles!

Contudo, o lugar santíssimo era inacessível para o povo e mesmo para o rei. Vejamos o que diz a carta aos hebreus “...mas, no segundo (Lugar Santíssimo), só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo...”. Querido, nem mesmo os sacerdotes podiam entrar no lugar santíssimo e assistirem diante da arca da aliança (na beleza da santidade do Senhor).

Davi então pronuncia algo paradoxal e chocante para mentes da época. Ninguém podia entrar lá, nem mesmo o próprio rei, então imagine a mente do povo cheia de interrogações: "Como? Lá, somente o sumo sacerdote é quem pode entrar e adorá-Lo." Contudo, é sabido que o sumo sacerdote não podia entrar em qualquer momento e de qualquer maneira, ou seja, havia exigências da parte de Deus.

A vida do sumo sacerdote, como a inscrição na faixa sobre sua cabeça dizia, era de santidade ao Senhor. Não é meu intento fazer um retrocesso veterotestamentário em busca de realizar aplicabilidades específicas da lei na graça. Contudo, é preciso lembrar que o sumo sacerdote era um homem “acima dos mortais” em termo de separação e muitas eram as regras para sua vida (social, familiar, religiosa e pessoal). Isso tudo, como disse Paulo (Cl 2.17), são sombras, pois a realidade é Cristo.

Entendemos que esse era um elevado padrão para se estar na beleza da santidade do Senhor em adoração. A santidade de Deus está em um nível tão elevado que a qualquer um de nós ela é inalcançável – muito menos adorá-Lo como disse o rei no seu salmo. Moisés pediu para ver a face de Deus e o Senhor disse: “E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.” (Êx 33.20). O povo de Israel ficou no limite do monte quando Moisés e Arão foram falar com Deus, pois caso contrário o povo todo morreria.

Então querido, será quem dentre os filhos dos homens poderá adorá-Lo na beleza da sua santidade? Uma vida de santidade ao Senhor é preciso, e é isso que Davi fala nas entrelinhas e o povo entende. Davi chama para a adoração, mas o povo sabe que não tem condições para isso. E nós? Qual de nós poderia adorá-Lo?

Quem entra na beleza da sua santidade para adorá-Lo o contempla face a face. Quem o contempla face a face morre. Quem não morre não o contempla face a face. Em Cristo Jesus fui morto e sepultado (Rm 6.4) e não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim (Gl 2.20). Se para vê-Lo face a face precisa morrer, que todas as manhãs eu tome minha cruz, que Ele aspire o cheiro suave da minha morte e me permita adorá-Lo na beleza de sua santidade.

Cristo morreu a minha morte para eu viver a sua vida, por isso, irmãos, tenho ousadia para entrar no lugar santíssimo, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19). E lá estando apresento o meu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o meu culto racional (Rm 12.1), pois ele me fez sacerdote real (1Pe 2.8)..

Morri e morto estou, mas Ele me gerou outra vez e então nasci de novo, por isso posso adorá-Lo em espírito. A sua Lei (Cristo) está escrita em minha consciência e em meu coração, o conheço por sua Palavra e pela sua manifestação, então posso adorá-Lo em verdade. Em Cristo, o pecador que habitava em mim foi sucumbido pelo santo, não preciso mais de sinetes, nem de cordas e nem de homens que faça intercessões anuais, pois tenho o direito, adquirido na cruz, de adorá-Lo na Beleza da sua Santidade.

Adoração não precisa ser extravagante, pois o Adorado é simples. O adorador não precisa estar apaixonado, pois o Adorado é amor. Contudo, ela precisa ser em santidade para ser aceita. Isso nunca seria possível pelos méritos próprios, pois até as nossas boas ações (justiça) não passam de trapos de imundícias. Entretanto, Nele são todas as coisas, por Ele são todas as coisa e para Ele são todas as coisa. Logo, Nele toda adoração é aceita, pois Nele todo pecador é santo.

Sglima - Solo Scriptura

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Herdeiro do Evangelho Pobre.


Qualquer semelhança não é mera coincidência!




Leia a letra refletindo sobre o atual momento da igreja na história, depois leia o ponto de reflexão e acesse o link da música.

Mas que evangelho é esse que eu recebo agora
Com a missão de cultivar raízes
Se desse evangelho que me fala a história
Não me deixaram nem sequer matizes?

Passam às mãos da minha geração
Evangelho feito de fortunas rotas
Cristianismo que não tem vida não
Onde a ganância anda de rédeas soltas

Se for preciso, volto a ser primitivo
Pelo evangelho que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
Esse evangelho pobre que herdei de meu pai

Herdei um evangelho onde o pastor é deus
Tendo poderes sobre o pão e as águas
Onde oprimido vive o cristão com leis
De pés descalços cabresteando mágoas

O que hoje herdo da minha grei chirua
É um desafio que a verdade afronta
Pois me deixaram com a guaiaca nua
Pra pagar uma porção de contas

Se for preciso, volto a ser primitivo
Pelo evangelho que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
O evangelho pobre que herdei de meu pai

Ponto de reflexão:

01- Pense em você como o “herdeiro desse evangelho pobre”; 02- Pense em sua missão de cultivar raízes; 03- Pense no que os homens estão passando às mãos da sua geração; 04- Pense nesse evangelho feito de fortunas rotas; 05- Pense na desertificação dos chamados “campos/ministérios”; 06- Pense na ganância do cristianismo (pregadores, cantores, pastores, etc.); 07- Pense nesse evangelho onde os pastores são deuses; 08- Pense que eles detêm o poder sobre o pão e a água; 09- Pense nos cristãos oprimidos pelas muitas leis; 10- Pense nas almas pés descalços cabresteando mágoas; 11- Pense que herdas isso do cristianismo chirua e não do evangelho; 12- Pense na verdade sendo afrontada por esse desafio; 13- Pense que sua guaiaca está nua, pois foi isso que lhe deixaram; 14- Pense na “porção de contas” desse mercado gospel que há; 15- Pense que é preciso voltar a ser caudilho pelo evangelho que ficou para trás; 16- Pense, quer deixar para seu filho esse “evangelho pobre” que herdou de seu “pai”?

Visite e confira a letra original:
http://letras.terra.com.br/engenheiros-do-hawaii/45728/

Sglima - Sola Scriptura

terça-feira, 30 de junho de 2009

Atitude: a máxima do agradecimento.

“Agradeçam a Deus, o Senhor, anunciem sua grandeza e contem seus feitos”
Salmos 105.1



Estamos diante de um texto desafiador. Talvez alguém me pergunte, por quê? Simples, pois na verdade o texto em questão nos constrange, e não pouco, a expressar nossa gratidão a Deus por meio de atitudes.

Escrever sobre a gratidão, como fez o salmista, não é difícil – estou fazendo isso agora. Falar sobre a gratidão é fácil – fiz no sábado passado (27/06/2009). Exigí-la de alguém é natural – fazemos isso com os nossos pais, os nossos filhos, o nosso conjugue, a nossa liderança, etc. Contudo, ser grato é o ponto fraco, o elo aberto da corrente, de muitos de nós.

Então, enquanto lia essas primeiras linhas pensou em como expressar sua gratidão - seja para Deus ou para o próximo? Pensou em como tem exigido a gratidão de todos e tem sido ingrato com muitos. As atitudes existem para os momentos em que as palavras não são suficientes – a gratidão é um desses momentos.

Verbalmente, a máxima que há entre nós para expressar a gratidão é o nosso OBRIGADO! É o que sabemos falar de mais educado e gentil para agradecer alguém por alguma coisa. Para muitos de nós essa palavra é automática, para outros ela é extinta e para um terceiro grupo indiferente.

Essa palavra que citamos (o obrigado), enquanto um adjetivo pode expressar: a) forçado, coagido por lei, norma, necessidade ou uso; obrigatório, inevitável ou b) agradecido, grato, que fica em dívida, que assume obrigação. Observe esses dois últimos significados - que fica em dívida e que assume obrigação.

Etimologicamente o particípio passado de obrigar (obrigado) é a simplificação e redução de uma expressão semelhante a “Fico obrigado a (sinto-me na obrigação de) retribuir o favor”. Então, dizer obrigado expressa mais que simples palavra de gratidão. Obrigado é o desejo que um coração, verdadeiramente grato, possui em devolver o favor de outrem.

O salmista, sabedor de que ele é e de quem é Deus, pergunta para si: “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?” (Sl 116.12). Quem sabe depois de uma fração de segundos, que levou a busca do salmista por algo para dar em troca do favor de Deus, ele não encontrando nada, chega à seguinte conclusão: “Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR. Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo” (Sl 116.13,14).

Por que o salmista não achou nada? Simples demais, "porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." (Rm 11.36). Dele é o ouro e a prata (Ag 2.8), então não temos como pagar financeiramente em agradecimento.

Quem sabe dar-lhe um cargo de prestígio (como fazemos com os homens)? Não, pois todo poder lhe pertence - nós céus e na terra (Mt 28.18). É, cada vez que penso no que dar ao Senhor em gratidão vejo que nada tenho, nada posso e nada sou.

Então amigo, como agradecer a Deus? Dizendo em nossas orações – OBRIGADO POR TUDO? Seria cômico se não fosse trágico, pois em nossas orações é assim mesmo que agimos. O momento de gratidão em nossas orações é resumido em três palavras – OBRIGADO POR TUDO. Tá bom, alguns se estendem um pouco mais – OBRIGADO POR TUDO QUE TENS FEITO POR MIM. E nos sentimos satisfeitos e orgulhosos disso!

Deus, por meio do Profeta Isaías, se expressou dizendo: “[...] Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído [...]” (Is 29.13).

O que nos falta? Atitudes! Contudo, veremos isso depois...
Sglima - Sola Scriptura


quarta-feira, 27 de maio de 2009

ELE CHOROU



“...quando ia chegando, vendo a cidade, chorou...”
Lucas 19.41.




A localização de Jesus nesse momento era perfeita, pois do alto do Monte das Oliveiras podia contemplar Jerusalém de um ponto privilegiado. Para termos uma vaga idéia, seria como comtemplar o Rio de Janeiro do alto do Corcovado. Bem à vista estavam o magnificente templo e os edifícios. Os raios do sol poente iluminavam a nívea branca de suas paredes de mármore e se refletiam na torres e no pináculo.
Quem dentre os filhos de Israel poderia contemplar aquele cenário sem um estremecimento de alegria e admiração?! Contudo, outros eram os pensamentos que ocupavam a mente de Cristo:
“...quando ia chegando, vendo a cidade, chorou...”
Lucas 19.41.

As lágrimas de Jesus não eram por Si mesmo, posto que adiante dEle jazesse o Getsêmani, o cenário da agonia que se aproximava, e não muito distante estivesse o Calvário, o local da crucifixão. Ambos os locais também podeiam ser comtemplado por Ele do alto do Monte das Oliveiras.

Todavia, não era a contemplação destas cenas que lançavam sombras sobre Ele em tal hora que deveria ser de alegria em esta diante de tal visão magnificante da cidade, do templo e dos edifícios. Então, qual o motivo do seu derramar de lágrimas? Chora, antes, pela sorte dos milhares de Jerusalém e pelos milhares de milhares que viriam depois.


"...Ah! se tu conhecesses também,
ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!
Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.
Porque dias virão sobre ti,
em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras,
e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados;
E te derrubarão,
a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem,
e não deixarão em ti pedra sobre pedra,
pois que não conheceste o tempo da tua visitação."
Lucas 19.42-44



Sglima - Sola Scriptura

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O PODER CRIADOR DA PALAVRA

“[...] Porque os atributos invisíveis de Deus, tanto o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis [...]" (Rm 1.20)



INTRODUÇÃO

Acredito não haver uma pessoa, em meio a sociedade dita moderna, que desconheça a História da Criação relatada no Livro do Genesis. É uma História fantástica, belíssima e, acima de tudo, simples. Essa maravilhosa História é tão simples que todos podem compreendê-la facilmente, do rei ao plebeu. Muitos de nós tivemos nossos sonos e sonhos embalados pelo relato da Criação, e como canta Sérgio Saas “vejo-me pequeno, começando a entender que o mundo e tudo ao meu redor foi criado por um Deus [...] e no entender de uma criança era um super herói”. Crescemos e provamos que o Deus Criador é transcendente a qualquer super herói, e, maravilhado com a descoberta, agora também a contamos para os nossos filhos.

Entretanto, às vezes, talvez justamente por sua simplicidade, ficamos contentes em deixar que o relato bíblico da criação de lado e enveredamos pelo relato evolucionista que destrói e afasta a humanidade do Deus Criador – o meu herói. O diabo espalhou a semente da teoria da evolução, e esta por sua vez germinou no coração do homem o contaminando. Não são poucos os homens que colocam em dúvida a existência de Deus, seu eterno poder e sua divindade. O Senhor é o Criador e não precisa dar provas da sua existência à humanidade, mas vez por amor. Ainda que o homem não possua capacidade de conhecer a Deus, o próprio Criador se revelou ao homem. A criação, além do próprio Criador, revela o seu amor eterno e o maravilhoso plano da salvação para sua criatura.

É uma verdade quando cantamos que “o Senhor o criador ainda ama o que criou [...]”, por isso “[...] venham todos que querem vida, o que tem sede de água viva e quer andar na luz; o que procura a paz, que tem sede de justiça e quer vencer o mal [...]”. Pois saibam que “[...] o escapar da morte, o ter vida eterna não está em religiões, mas sim no homem se voltar para Deus e crer em Cristo [...]”. A revelação de Deus e do seu amor por meio da criação, da natureza e principalmente do homem, tornam a humanidade indesculpável diante de Deus.

I. NO PRINCÍPIO: COMO TUDO COMEÇOU

Quando falamos da criação do mundo e de tudo que nele há, não temos a pretensão de comprovar nada para ninguém, pois como diz a Bíblia:

“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento
anuncia a obra das suas mãos.
Um dia faz declaração a outro dia,
e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.
A sua linha se estende por toda a terra,
e as suas palavras até ao fim do mundo.”

(Salmos 19.1-4)

Seria muita prepotência de minha parte achar que posso convencer alguém sobre esse assunto. Se cada um de nós somos prova viva da existência do Criador, e se isso não basta, então recorremos a Bíblia. Como nós não estávamos por lá no dia da criação, então fiquemos com o que foi escrito aos hebreus:

“Pela fé, entendemos que os mundos,
pela palavra de Deus, foram criados;
de maneira que aquilo que se vê
não foi feito do que é aparente”
(Aos Hebreus 11.3)

Mas... e antes do princípio?

Essa é uma pergunta que intriga a humanidade desde sempre. Porém, isso acontece por não desejarem aceitar as respostas simples que a Bíblia possui. Como já tido anteriormente, do rei ao plebeu isso é concebível ao ser humano.

Quando se faz a declaração de um princípio que faça sentido para o homem, onde conseguimos conceber juízos de valores, esta declaração é realizada com presença de Deus. O que entendemos e queremos dizer é que na vida de todo ser humano somente há um verdadeiro principio, e ela passa a fazer algum sentido, quando o Criador está presente.

No “tempo antes do tempo”, posteriormente ao relado de Genesis 1.1 somente o que existia era o Criador. Não há como ser diferente, pois o Criador, necessariamente, precisa existir antes de sua criatura. Aqui surge outro questionamento “mas quem criou o criador?”. A resposta é simples, clara e objetiva – ninguém. Deus é eterno, ou seja, ele existia já antes do princípio e existirá para sempre.

“Antes que os montes nascessem,
ou que tu formasses a terra e o mundo,
mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.”

(Salmos 90.2)

Alguns afirmam que Deus é fruto da mente humana e de suas impossibilidades de explicar fenômenos naturais e outros. Entretanto, como a mente humana sendo incapaz de explicar tais fenômenos e de resolver seus problemas poderia criar um Deus que fizesse isso por eles? Ainda, como a mente humana, efêmera, seria capaz de criar algo eterno? E mais, como que a mente humana seria capaz de criar algo que ela não consegue entender? Sendo o homem pecador, sua mente poderia criar um Deus Santo? Sendo o homem injusto, poderia sua mente criar um Deus Justo? Sendo o homem alguém de é capaz de odiar, poderia sua mente criar um Deus que é Amor?

“Ó profundidade das riquezas,
tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos,
e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Porque, quem compreendeu a mente do Senhor?
ou quem foi seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele,
para que lhe seja recompensado?”

(Aos Romanos 11.33-35)



O mundo no princípio

Quando tudo teve início, a terra, lá no princípio, estava sem forma, ou seja, um verdadeiro caos, uma grande confusão, um vazio obscuro e ilimitado, um abismo. Além disso, a terra estava vazia, ou seja, uma imensidão de nada misturada com coisa nenhuma. Entende-se então que a terra era um abismo obscuro e ilimitado em caos, não havendo nele nem mesmo luz. Nesse ponto é que se dá o princípio. Agora vamos observar como o Criador trabalha, assim aprenderemos muito sobre o seu eterno poder, sua divindade, seu amor e seu plano de salvação.

1.1. O PODER CRIADOR DA PALAVRA DE DEUS

O Criador começa seu trabalho de uma forma antagônica ao que conhecemos hoje. Contrate um profissional de qualquer área que seja e ele precisará da matéria prima para dar início ao seu trabalho. Contudo, o Criador não precisou de matéria prima:

“Porque nele e por ele,
e para ele, são todas as coisas;
glória, pois, a ele eternamente. Amém!”

(Aos Romanos 11.36)

Não havendo matéria prima, como Deus criou o mundo? Simples, para Deus é claro, é teve apenas o trabalho de chamar a existência o que não existia.

1.1.1. Nas trevas, o Criador gera a luz (Gn 1.3-5)

O que é trevas? É o mesmo que escuridão. Mas o que é escuridão? É a ausência de lua. Entendemos então que as trevas permaneceram somente até o momento em que a Luz chegou. Essa foi a primeira atitude de Deus frente a face do abismo. Ele olhou para dentro do nada, para o meio das trevas e bradou:

“Haja luz, e houve luz”
(Gênesis 1.3)

A luz nos permite enxergar, nos possibilita caminhar, nos transmite segurança, afasta o medo, nos acalma, nos alegra e manifesta todas as coisas. Já imaginou a sua vida sem luz? Pense em tudo que você faz no seu dia-a-dia, dá para viver sem ela? Sem a luz você nem mesmo poderia ler essas más traçadas linhas. É, foi e sempre será assim – todos em todo tempo e lugar necessitaram, necessitam ou necessitarão da luz.

1.1.2. No caos, o Criador estabelece a Ordem (Gn 1.6-10)

Estando tudo iluminado pelo resplendor da luz, o Criador começa então a estabelecer ordem na “casa”. Deus ordena a existência de três expansões (terra, céus e águas). Em seguida ele separa as águas (doce e salgada) e as porções (seca e molhada). Agora sim, está tudo no seu devido lugar. Não é mais como aquele quarto do filho adolescente – a meia sobre o computador, livro debaixo da cama, perfume na lixeira, etc. O Criador é ordeiro, e estabeleceu ordens para tudo no mundo. O mundo físico, químico e biológico é regido pelo Criador através das leis naturais – e tudo pela palavra do seu poder.

“e sustentando todas as coisas
pela palavra do seu poder”
(Aos Hebreus 1.3)


Para o homem ele estabeleceu sua lei, escrita em pedras no passado, mas em seus corações nesse resente tempo. Entretanto, deixou ao homem o direito de escolha – seguir a ordem ou gerar a desordem. O homem longe de Deus é incapaz de estabelecer ordem, pois o pecado o tornou um agente do caos. Isto se torna óbvio quando olhamos ao redor para o nosso mundo de hoje – homicídios, adultérios, homossexualismo, vícios, etc. Isso acontece porque os homens têm rejeitado a ordem que Deus.

1.1.3. No vazio, o Criador preenche (Gn 1.11-25)


Do que adianta um lugar bem organizado e com bastante luz se é desabitado, sem nada? É como uma casa sem crianças ou um jardim sem rosas vermelhas. Deus olhou para a sua criação e viu que ainda estava vazia com sempre este antes do princípio. Semelhante as vidas que freqüentam as chamadas noitadas. Nas noitadas há uma organização glamorosa e luzes de todas as cores e tamanhos, mas tais vidas estão vazias. É possível observar que o Criador preencheu o vazio com o que há de melhor. É só contemplarmos os ambientes naturais (fauna e a flora). Entretanto, a natureza que o Criador colocou para preencher o vazio foi para glória Dele.

1.1.4. O motivo, o Criador não joga dados com o universo (Gn 1.26-31)

Agora sim, acabou! Passamos do princípio, já temos tudo manifesto pela luz, os elementos estão em ordem e a Terra está habitada. Não, não acabou. Preste bem a atenção. Quando estava tudo perfeito e bem ordenado de acordo com seus planos, Deus criou o homem e o colocou no meio. Deus saiu lá da eternidade, levantou-se de seu trono para iniciar a sua criação, porém, podemos ver que Deus, fez tudo já pensando no homem – eu e você.

Deus é luz e já existia antes dela, logo não precisaria criá-la. Então por que Ele a criou e a separou das trevas? Deus é Espírito e não precisa de espaço físico para morar, além disso, já possuía sua morada na eternidade, logo não carecia de uma Terra firme, nem de céus e nem de águas. Por que então criar e separar terra firme, céus e águas? Deus já possuía seus anjos diante de seu trono para adorá-lo. Por qual motivo faria plantas e animais, estrelas e outros planetas? A verdade é que Deus não fez nada disso para Si mesmo. O Criador colocou ordem no caos, preencheu o vazio e iluminou as trevas pensando na sua futura obra prima, a coroa da criação - o homem que ainda havia de criar.

Somos a única parte de toda essa criação que é capaz de observar as digitais do Criador e de entender seus sinais. Mais do que isso, Ele nos fez para louvor da sua glória. Estávamos, estamos e sempre estaremos nos planos de Deus como aqueles que foram criados para adorá-lo – e isso é um privilégio. Para adorarmos para sempre, o Criador ergueu a cruz antes de criar a árvore. A Bíblia nos ensina que a salvação do homem estava nos planos de Deus mesmo antes do princípio da criação.


“Como também nos elegeu nele
antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor;
E nos predestinou para filhos de adoção
por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade”
(Aos Efésios 1:4-5)

II. PECADO: AS TREVAS, O CAOS E O VAZIO SE RESTABELECEM



Quando olharmos para a criação, então, devemos ficar admirados com o eterno poder de Deus, e ainda mais com o seu eterno propósito de salvar o homem da desordem de sua própria desobediência. Deus fez toda a terra e os céus justamente para a habitação do homem, a fim de que o homem olhasse para tudo isso e o buscasse. Entretanto, o homem pecou ao desobedecer à ordem expressa do Criador (Gênesis 2.17). Com isso entrou o pecado no mundo, pelo pecado entrou a morte e a morte passou a todos nós (Aos Romanos 5.12).
Por isso que a Bíblia declara que todos pecaram e foram destituídos da gloria de Deus (Aos Romanos 3.13). Sendo assim, carecendo então da intervenção divina para se restabelecer seu estado original – a inocência. Com o pecado do homem a natureza ficou sujeita, padecendo e tornando-se má (Aos Romanos 8.20).

2.1. O pecado restabelece as trevas

Com o pecado as trevas se restabelecem é passa a gerar no homem os piores sentimentos que o ser humano pode ter. Agora o homem tem medo de Deus e se esconde. Os olhos (entendimento) que estavam encobertos para o pecado se abrem e tornam a fechar – para a glória de Deus. Fica paralisado, não pode mais caminhar, pois seus pés se ferem nos espinhos que antes não havia.

Porém, Deus sabia disso. Conhecendo a necessidade que os homens têm da luz, enviou seu único Filho plenitude dos tempos. Cristo é a luz do mundo e quem está nele não anda em trevas e nem perecerá neles (Jo 8.12; 12.46). Por sua palavra temos lâmpada aos nossos pés e luz ao nosso caminho (Salmos 119.105). Contudo, a condenação é esta, que luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas (Jo 3.19). Porém se hoje desejares o Sol da Justiça pode nascer sobre ti para iluminar tua vida. Cristo Jesus, a Luz do mundo pode brilhar sobre você (Isaías 60.1,2).

2.2. O pecado restabelece o caos



Com o pecado o caos volta a reinar na vida do homem. Hoje a humanidade vive em pânico, todos os dias surgem uma nova fobia. Pai mata filho, filho mata pai. A vida é banalizada. Na sociedade não há mais respeito pelos mais velhos, mulheres, crianças ou quem quer que seja. A desordem está instalada. O poder público se mostra incapaz, homens de bem se tornam refém do medo. A humanidade mergulha de cabeça em um período de temores internos, pânicos, problemas psicológicos, caos interior, doenças psicossomáticas, stress. Isso tudo é agravado pelos problemas sociais. Sem falar nas guerras de nações e nas guerras civis.
Contudo, o Criador, que ainda ama a sua criatura, enviou seu Filho – O Príncipe da Paz. O profeta Isaías declara que Deus nos deu um Filho e que Jesus nasceu para nós (Isaías 9.6). O nome Dele é Emanuel – Deus conosco – sua presença traz paz. Paz para muitos, assim como para o dicionário, é ausência de guerra ou conflito, mas para o crente é um estado de espírito e de Espírito Santo.

O Príncipe da Paz nos deixou a paz e mais, ele nos deu-a, mas não como o mundo dá. Por isso para que turbar o coração (Jo 14.27). Essa paz mundo não, pois provem do Espírito do Criador, essa paz excede todo entendimento humano e guardará os nossos corações (Aos Filipenses 4.7). A humanidade esta habitando em Lo-Debar (terra de desolação), porém Cristo deseja colocar a todos em Jerusalém (Cidade de Paz).

2.3. O pecado restabelece o vazio

Com o pecado o vazio torna a imperar no mundo (coração do homem). É notório o avanço tecnológico e cientifico. Contudo, isso não preenche o vazio no coração do homem. As pessoas estão vazias de amor, de alegria, de felicidade, de paz, etc. Há um vazio existencial dentro do ser humano e na busca por preenchê-lo cada qual procura o seu caminho – drogas, álcool, prostituição, religiões, filosofias, etc. O vazio dentro de cada ser humano é tão grande que é comum entre os psicólogos ouvir a expressão – ele se perdeu dentro de si. Não sabem por que estão aqui e nem para onde vão.

Esse vazio somente pode ser preenchido por Deus, pois foi dele que saímos – imagem e semelhança de Deus. Quando procuramos preenche-lo, na verdade estamos em busca de Deus – só não admitimos e nem sabemos como procurar.

Entretanto, Deus, na sua infinita misericórdia, nos busca para ele com laços de amor (Oséias 11.4). Ele nos busca, ele nos escolheu (Jo 15.16), pois ele nos ama. Seu amor e tão imenso que deu seu único Filho por n[os (Jo 3.16). Para preencher o vazio precisamos de Deus e ninguém vai ao Pai se não for por Jesus, pois ele e o caminho, a verdade e a vida (Jo 16.6)

CONCLUSÃO



Quando olhamos para a sociedade, não há dúvida de que temos feito desordem da ordem de Deus. Mas Deus, por sua natureza divina, em sua misericórdia, ainda quer restaurar a ordem, e por isso enviou o seu filho, Jesus (Aos Efésios 1.10).
Deus enviou Jesus como resposta para a desordem, para poder criar de novo um mundo obediente às ordens de Deus. O apóstolo Paulo diz “... se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2Coríntios 5.17).

Deus fez sua parte no plano da salvação estabelecido por ele. Uma vez mais ele bradou a sua palavra, mas dessa vez a Palavra Viva - O Verbo de Deus. Cristo se fez carne, habitou entre nos e vimos sua gloria, como a gloria do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.1-14). Agora e responsabilidade de cada pessoa reconhecer que Deus existe e o buscar.

A revelação geral de Deus (isto é, o mero fato de ele existir, como é evidente pela criação) nos torna indesculpáveis se o rejeitarmos, como vimos no texto base. Mas, para conseguirmos escapar do estrago feito pela nossa desobediência, é necessário muito mais do que apenas reconhecer que Deus existe (Aos Hebreus 11.6).

Paulo avisou: "Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (Atos dos Apóstolos 17.30-31).

Jesus Cristo veio para fazer a nova obra criadora de Deus, nos corações e nas almas dos homens. Que busquemos a Deus em espírito e em verdade (João 4.23-24), nos arrependendo de nossa desobediência, o pecado, e obedecendo a ordem de Deus em Cristo, para que ele possa fazer de nós novas criaturas, segundo a vontade de Deus!

Amigo entenda que eu e você precisamos de Cristo e não podemos negligenciar isso, seja o que diz o escrito na carta aos hebreus?

Como escaparemos nós,
se não atentarmos para uma tão
grande salvação, a qual, começando
a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos
depois confirmada pelos que a ouviram;
(Aos Hebreus 23)

Sglima - Sola Scriptura