O PÃO NOSSO DE CADA DIA

Disseram eles: "Que homem é este...?" (Mt 8.27b). Essa pergunta ainda hoje é feita por muitos dos que estão no barco com ELE. É a geração que não conheceu o SENHOR e diz "que homem é este?". E você, sabe que homem é este? Mas sabe por teoria ou na vida?

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Sou prisioneiro de Cristo, segundo seu chamado, e conservo dos meus irmãos, segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade.

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Profetas Palhaços: Falando Sério sobre gente brincalhona

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Adoração em Santidade


“...adorai ao Senhor na beleza da sua santidade...”
1Cr 16.29




Eis aí uma expressão que ouço desde que era menino de calças curtas. Nas orações era comum ouvir as pessoas dizerem: “Senhor, te adoro na beleza da sua santidade”. Nas pregações era comum ouvir o pregador dizer: “Adorem ao Senhor na beleza da sua santidade”.

O tempo passou e eu cresci, não muito é verdade, mas cresci (risos). E por esses dias fui convidado à compartilhar a Palavra com alguns irmãos em uma igreja próximo da minha casa. Era um encontro de jovens para comemorar o aniversário do departamento e o tema escolhido foi esse que tendo entender e descrevê-lo aqui.

Logo de primeira me assustei com a escolha do tema, pois nos últimos tempos só encontramos temas para “avivamentos”. É bem verdade que os fazedores de movimento são capazes de transformar qualquer texto em pretexto para seus excessos. Falar de adorar ao Senhor está na moda, por exemplo: adoração profética, adoração extravagante, etc. Contudo, a beleza de sua santidade saiu de moda e está desvinculada da adoração ou tomou outra roupagem.

Bom, mas vamos retornar a expressão e não vamos perder o foco com coisas menos importantes. Quando Davi se expressa dessa forma em 1Cr 16.29, e essa expressão se repete nos Salmos, passa pela minha mente o que seria para ele (Davi) o "BELO" da santidade de Deus. O que havia de mais LINDO e mais SANTO para o rei?

Ao contextualizarmos esse texto veremos que Davi está alegre demais pelo retorno da Arca da Aliança para Jerusalém. Afinal, desde os tempos de Eli que a Arca havia sido roubada. Aí está! Esse era o que Davi e o povo de Israel tinham por representativo máximo da BELEZA DA SANTIDADE DO SENHOR – A ARCA DA ALIANÇA. E este objeto ficava em um lugar especial ou específico chamado de Santíssimo. Dentro da Arca estava as Tábuas da Lei, o Maná e a Vara de Arão que floresceu.

E por conta do retorno da Arca ao seu devido lugar que Davi escreve um cântico chamando todo o povo para adorar ao Senhor na beleza da sua santidade. Em outras palavras: “entrem no lugar santíssimo e adorem ao Senhor diante da arca da aliança” – eis aí o BELO e o SANTO (a beleza de sua santidade) para eles!

Contudo, o lugar santíssimo era inacessível para o povo e mesmo para o rei. Vejamos o que diz a carta aos hebreus “...mas, no segundo (Lugar Santíssimo), só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo...”. Querido, nem mesmo os sacerdotes podiam entrar no lugar santíssimo e assistirem diante da arca da aliança (na beleza da santidade do Senhor).

Davi então pronuncia algo paradoxal e chocante para mentes da época. Ninguém podia entrar lá, nem mesmo o próprio rei, então imagine a mente do povo cheia de interrogações: "Como? Lá, somente o sumo sacerdote é quem pode entrar e adorá-Lo." Contudo, é sabido que o sumo sacerdote não podia entrar em qualquer momento e de qualquer maneira, ou seja, havia exigências da parte de Deus.

A vida do sumo sacerdote, como a inscrição na faixa sobre sua cabeça dizia, era de santidade ao Senhor. Não é meu intento fazer um retrocesso veterotestamentário em busca de realizar aplicabilidades específicas da lei na graça. Contudo, é preciso lembrar que o sumo sacerdote era um homem “acima dos mortais” em termo de separação e muitas eram as regras para sua vida (social, familiar, religiosa e pessoal). Isso tudo, como disse Paulo (Cl 2.17), são sombras, pois a realidade é Cristo.

Entendemos que esse era um elevado padrão para se estar na beleza da santidade do Senhor em adoração. A santidade de Deus está em um nível tão elevado que a qualquer um de nós ela é inalcançável – muito menos adorá-Lo como disse o rei no seu salmo. Moisés pediu para ver a face de Deus e o Senhor disse: “E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.” (Êx 33.20). O povo de Israel ficou no limite do monte quando Moisés e Arão foram falar com Deus, pois caso contrário o povo todo morreria.

Então querido, será quem dentre os filhos dos homens poderá adorá-Lo na beleza da sua santidade? Uma vida de santidade ao Senhor é preciso, e é isso que Davi fala nas entrelinhas e o povo entende. Davi chama para a adoração, mas o povo sabe que não tem condições para isso. E nós? Qual de nós poderia adorá-Lo?

Quem entra na beleza da sua santidade para adorá-Lo o contempla face a face. Quem o contempla face a face morre. Quem não morre não o contempla face a face. Em Cristo Jesus fui morto e sepultado (Rm 6.4) e não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim (Gl 2.20). Se para vê-Lo face a face precisa morrer, que todas as manhãs eu tome minha cruz, que Ele aspire o cheiro suave da minha morte e me permita adorá-Lo na beleza de sua santidade.

Cristo morreu a minha morte para eu viver a sua vida, por isso, irmãos, tenho ousadia para entrar no lugar santíssimo, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19). E lá estando apresento o meu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o meu culto racional (Rm 12.1), pois ele me fez sacerdote real (1Pe 2.8)..

Morri e morto estou, mas Ele me gerou outra vez e então nasci de novo, por isso posso adorá-Lo em espírito. A sua Lei (Cristo) está escrita em minha consciência e em meu coração, o conheço por sua Palavra e pela sua manifestação, então posso adorá-Lo em verdade. Em Cristo, o pecador que habitava em mim foi sucumbido pelo santo, não preciso mais de sinetes, nem de cordas e nem de homens que faça intercessões anuais, pois tenho o direito, adquirido na cruz, de adorá-Lo na Beleza da sua Santidade.

Adoração não precisa ser extravagante, pois o Adorado é simples. O adorador não precisa estar apaixonado, pois o Adorado é amor. Contudo, ela precisa ser em santidade para ser aceita. Isso nunca seria possível pelos méritos próprios, pois até as nossas boas ações (justiça) não passam de trapos de imundícias. Entretanto, Nele são todas as coisas, por Ele são todas as coisa e para Ele são todas as coisa. Logo, Nele toda adoração é aceita, pois Nele todo pecador é santo.

Sglima - Solo Scriptura

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