“Agradeçam a Deus, o Senhor, anunciem sua grandeza e contem seus feitos”
Salmos 105.1
Salmos 105.1
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Estamos diante de um texto desafiador. Talvez alguém me pergunte, por quê? Simples, pois na verdade o texto em questão nos constrange, e não pouco, a expressar nossa gratidão a Deus por meio de atitudes.
Escrever sobre a gratidão, como fez o salmista, não é difícil – estou fazendo isso agora. Falar sobre a gratidão é fácil – fiz no sábado passado (27/06/2009). Exigí-la de alguém é natural – fazemos isso com os nossos pais, os nossos filhos, o nosso conjugue, a nossa liderança, etc. Contudo, ser grato é o ponto fraco, o elo aberto da corrente, de muitos de nós.
Então, enquanto lia essas primeiras linhas pensou em como expressar sua gratidão - seja para Deus ou para o próximo? Pensou em como tem exigido a gratidão de todos e tem sido ingrato com muitos. As atitudes existem para os momentos em que as palavras não são suficientes – a gratidão é um desses momentos.
Verbalmente, a máxima que há entre nós para expressar a gratidão é o nosso OBRIGADO! É o que sabemos falar de mais educado e gentil para agradecer alguém por alguma coisa. Para muitos de nós essa palavra é automática, para outros ela é extinta e para um terceiro grupo indiferente.
Essa palavra que citamos (o obrigado), enquanto um adjetivo pode expressar: a) forçado, coagido por lei, norma, necessidade ou uso; obrigatório, inevitável ou b) agradecido, grato, que fica em dívida, que assume obrigação. Observe esses dois últimos significados - que fica em dívida e que assume obrigação.
Etimologicamente o particípio passado de obrigar (obrigado) é a simplificação e redução de uma expressão semelhante a “Fico obrigado a (sinto-me na obrigação de) retribuir o favor”. Então, dizer obrigado expressa mais que simples palavra de gratidão. Obrigado é o desejo que um coração, verdadeiramente grato, possui em devolver o favor de outrem.
O salmista, sabedor de que ele é e de quem é Deus, pergunta para si: “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?” (Sl 116.12). Quem sabe depois de uma fração de segundos, que levou a busca do salmista por algo para dar em troca do favor de Deus, ele não encontrando nada, chega à seguinte conclusão: “Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR. Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo” (Sl 116.13,14).
Por que o salmista não achou nada? Simples demais, "porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." (Rm 11.36). Dele é o ouro e a prata (Ag 2.8), então não temos como pagar financeiramente em agradecimento.
Quem sabe dar-lhe um cargo de prestígio (como fazemos com os homens)? Não, pois todo poder lhe pertence - nós céus e na terra (Mt 28.18). É, cada vez que penso no que dar ao Senhor em gratidão vejo que nada tenho, nada posso e nada sou.
Então amigo, como agradecer a Deus? Dizendo em nossas orações – OBRIGADO POR TUDO? Seria cômico se não fosse trágico, pois em nossas orações é assim mesmo que agimos. O momento de gratidão em nossas orações é resumido em três palavras – OBRIGADO POR TUDO. Tá bom, alguns se estendem um pouco mais – OBRIGADO POR TUDO QUE TENS FEITO POR MIM. E nos sentimos satisfeitos e orgulhosos disso!
Deus, por meio do Profeta Isaías, se expressou dizendo: “[...] Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído [...]” (Is 29.13).
O que nos falta? Atitudes! Contudo, veremos isso depois...
Sglima - Sola Scriptura
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